Nova técnica desenvolvida por brasileiro promete modelar o corpo sem dor e com recuperação rápida.
Atire a primeira pedra quem nunca sentiu vontade de arrancar um pneuzinho do corpo num momento de fúria diante do espelho.A gordura localizada é uma das reclamações mais freqüente entre homens e mulheres nos consultórios médicos e clínicas de estética.
Existem muitos caminhos para tentar livrar-se de vez dessas imperfeições, como o uso de cremes, gel e muitas outras fórmulas que podem ser aplicadas em casa. Além disso, existem técnicas pouco ou não-invasivas, como ultra-som, mesoterapia e hidrolipoclasia ultra-sônica que também prometem resultados eficazes.
Mas, a mais difundida é mesmo a lipoaspiração. Ela é a responsável por eliminar completamente o mau. O problema fica mesmo com o pós-operatório, que quase sempre vem acompanhado por dores e repouso forçado.
A novidade agora foi criada por brasileiros. O nome é Hidrolipoclasia Aspirativa, o HLPA. Esta nova técnica surgiu da associação de duas técnicas da área médica para tratamento da gordura localizada, a Lipoplastia (micro-lipoaspiração) e Hidrolipoclasia Ultra-sônica.
"Com anestesia local e o paciente em pé é aplicado uma solução de soro fisiológico e analgésico na região. As células de gordura absorvem o soro e rompem-se, tornando a gordura liquefeita que é facilmente aspirada pelas minúsculas cânulas", explica um dos responsáveis pelo desenvolvimento da técnica, Alexander Gomes de Azevedo, especialista em Nutrologia e Medicina Estética.
1. Abdome Inferior
2. Abdome Superior
3. Flancos
4. Culotes
5. Interna da Coxa
6. Interna dos Joelhos
7. Dorso Inferior
8. Dorso Superior
9. Sub-Glútea
10. Posterior do Braço
A aplicação é muito rápida, demora cerca de uma hora, sendo 20 minutos para a aplicação do soro, 20 minutos para o ultra-som e os últimos 20 para a retirada da gordura. "Com a nova técnica, o paciente pode fazer o procedimento na hora do almoço e voltar a trabalhar", garante o especialista.
Alexander destaca que a técnica é a mais eficaz para o tratamento do culote, um dos maiores inimigos das brasileiras. "Na lipo tradicional, com o paciente deitado, o culote praticamente desaparece. Com o HLPA, uma vez que o procedimento acontece com o paciente em pé, é possível localizar todos os pontos de acúmulo de gordura."
A interação do cliente ao longo do processo também é uma das inovações do HLPA. Os resultados podem ser avaliados de imediato. "Em cada intervenção podem ser feitas duas áreas do corpo. O intervalo entre uma aplicação e outra deve ser de uma semana".
Quanto aos riscos, Alexander é categórico. "O maior risco diz respeito à experiência do profissional que vai fazer o procedimento. É preciso estar muito acostumado a trabalhar com essas cânulas finíssimas. É um trabalho que só pode ser realizado a quatro mãos. Por isso, a técnica foi toda desenvolvida em parceria com o cirurgião plástico Luis Fernando Dockhorn".
Para a manutenção do tratamento, Alexander diz que o indicado é "fazer drenagem linfática manual e ultra-som nas duas primeiras semanas pós-procedimento, além da dieta HLPA (alimentos com características anti-inflamatórias, diuréticas e cicatrizantes) durante pelo menos seis dias pós-procedimento".
O cirurgião plástico e Membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Ewaldo Bolívar de Souza Pinto lembra que "não existem milagres na medicina". "Esta é uma lipoaspiração fracionada. O medo deste tipo de intervenção é não obter um resultado geral consistente, uma vez que cada região é feita de maneira independente, sem saber a forma que o corpo dará".
Bolívar ainda chama a atenção para dois pontos importantes. "É preciso estar atento para procedimentos feitos fora de um centro cirúrgico. Sempre existe o risco de contaminação. Outro ponto a ser colocado em questão é a anestesia local. Anestesia local não é inócua como se acredita. Pode causar problemas alérgicos e intoxicação, dependendo da quantidade".