Um dos mistérios da medicina, a esquizofrenia, ainda tem a cura longe de ser descoberta. Os primeiros sinais de que a doença mental existe são o isolamento do paciente, a dificuldade de sociabilização, medos exagerados e preocupações excessivas que antes não existiam.
Uma vez instalada, geralmente na adolescência ou no início da vida adulta, a enfermidade causa surtos psicóticos, que são delírios, alucinações visuais, auditivas, olfativas e táteis. A dificuldade entre distinguir a realidade da fantasia aumenta proporcionalmente com a manifestação da doença na fase aguda.
Outros ficam catatônicos ou desenvolvem estados de afeto inadequados à situação, podendo chegar ao que os especialistas chamam de embotamento afetivo (perda de todas as reações emocionais).
De acordo com especialistas, não é possível determinar a frequência das crises esquizofrênicas, que podem acontecer uma ou diversas vezes durante toda a vida do paciente. Estima-se que apenas em 15% dos casos não acontecem um segundo surto. Os outros 85% têm crises recorrentes.
O psiquiatra Jaime Hallak, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), informa que um surto não tratado pode durar mais de um ano, enquanto aqueles que têm o acompanhamento adequado duram apenas dias. Somente casos em que os pacientes respondem mal aos medicamentos podem durar mais, chegando a até 10 meses.
Segundo o profissional, quanto mais longos e frequentes forem os surtos, mais prejuízos trazem aos portadores da doença, entre eles cognitivos, na memória e sociais. O tratamento com acompanhamento médico e psicológico é imprescindível logo no início dos primeiros sintomas para controlar a doença.
Por Natália Farah
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