No Brasil, mais de 7,5 milhões - cerca de 4% da população - sofre com o Transtorno Bipolar, doença caracterizada pela alteração constante de humor. O diagnóstico ainda é bem difícil de ser feito e deve ser encarado com muita atenção por especialistas.
Ou seja, não é porque alguém acordou de bom humor e de repente ficou emburrado possa ser apontado com a doença. Em geral, o diagnóstico é feito com base no histórico clínico e familiar do paciente e também com o auxílio de alguns exames clínicos.
Isso porque algumas enfermidades podem estar associadas à bipolaridade, como o distúrbio psiquiátrico, que acontece entre 30 e 70% dos casos. São casos de fobias, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de personalidade e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Segundo especialistas, o problema não ocorre por falta de serotonina (hormônio do bem-estar), mas por uma desregulação dos mecanismos de neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre os neurônios) em diversas áreas do sistema nervoso central. No transtorno bipolar, o humor da pessoa está inadequado para aquele momento, para aquela condição.
O transtorno bipolar já foi ligado a uma maior habilidade criativa e a um comportamento contestador. Mas a capacidade de criação se perde nos picos de mania e depressão.
Muitos artistas, inclusive,já anunciaram que são bipolares. É o caso dos atores de Hollywood Catherine Zeta-Jones, Ben Stiller, Jim Carrey e Jean-Claude Van Damme, além da cantora americana Britney Spears. No Brasil, temos a cantora Rita Lee, a atriz Cássia Kiss, o ator Maurício Mattar, entre outros.
Para os entendidos do assunto, os artistas ajudam a diminuir o preconceito, pois, quando alguém muito conhecido admite que tem o problema, outras pessoas que sofrem da doença e não buscam tratamento acabam se identificando.
O tratamento do transtorno bipolar inclui medicamentos e psicoterapia, com o objetivo de eliminar rapidamente os sintomas agudos da doença e evitar novas crises.
Por Natália Farah